quinta-feira, 17 de junho de 2010

A Paixão atingiu a Lua Gargalhante - Parte 2

Elas esperam com que eu te encontre, assim toda a Terra pára. Tudo fica fantástico.
Ainda é escuro pela manhã e sinto a brisa sacudindo meus cabelos. As coisas possuem minha cor preferida e meu Amor Predileto está sonolento à minha esquerda. Quando paro e percebo que você é quem está ao meu lado, chego a me arrepiar.
Encosto minha cabeça ao lado da sua e sinto o cheiro da areia recém acordada. Sua respiração forte encosta em minhas mãos que acariciam seu rosto. De repente, tudo pára. As gaivotas param de mergulhar a procura de comida e dão a impressão de que se afogaram por vontade própria. Não existe mais ondas batendo nas rochas do mar. Quando me dou conta você vem falar em meu ouvido. Tudo havia parado porque O Amor tinha despertado.
Sinto o Sol nascer diante de nós. É um novo dia que nos espera a uma nova aventura.
_Pegue-me se puder.
Grito eu essa melodia a míseros trinta e seis passos a sua frente. Não deu tempo de eu conseguir virar a cabeça e dar um último suspiro antes de você me agarrar pela cintura e me jogar na areia.
_Viu? Eu posso.
Sua voz tinha uma cor avermelhada sobre meus olhos. Acho que era a Paixão que estava no ar.
Dois segundos se passam com seus olhos penetrando a bela Lua esparramada pela areia. Você me pegou de um jeito que não consegui escapar. Sua mão direita em volta de minha cintura, a esquerda apoiando seu corpo na areia e sua boca em tiro certeiro a minha. O que fazer? Dizer alguma coisa? Estragar o clima? Não precisava, você já havia atirado em mim antes mesmo de eu me fazer a segunda pergunta. Sinto meu coração pulsando forte como nunca, não tinha sido a primeira vez que nossas bocas se encontram para brincar, mas havia sido a mais fascinada. Nunca havia sentido tanto prazer, tanto fascínio para jogar. A bala rebate. Sinto uma ponta de desespero bater quando você se desencostas com os lábios.
Nossos olhos penetrados, mais uma vez.
Quero dar cambalhotas pela praia inteira. Sentir meus cabelos tocando a ponta dos pés. Quero o ar me ajudando a correr. As gaivotas pousadas na água esverdeada do mar. Me deixe desejar seus lábios mais uma vez antes que eu veja você partindo.
Não é por vontade própria, acho. Mas tenho quase certeza que você não iria embora enquanto o Amor estivesse pelas veias da delirada Lua. Deixe eu ser a Perdida Feliz que sou quando estou com você. Deixe-me amar você como as Estrelas amam a Lua. Como as ondas amam o mar. Deixe-me que eu seja enroscada por seus braços e que de lá nunca mais saia. Deixe-me ao seu lado, indefinidamente.


Continua

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