quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

To Be Continued...

Estou tão fraca, pensando em você, perdendo a cabeça, imaginando loucuras distantes. É apenas mais uma, mas você insiste em mantê-la como especial. Engraçado como apenas me disseste bem na hora em que estava abrindo meu coração por você. Abri bem mais do que meu coração, na realidade.
Até que fazia sentindo eu não te tirar da cabeça, por enquanto. Depois da triste notícia que recebera comecei a desanimar, caminhar pelos cantos procurando um apoio, é que já não tinha mais niguém como ombro amigo. Estava ficando fraca, meu coração me noucauteava no exato momento em que começava a pensar em você. Talvez eu esteja destinada a ser fraca pela vida inteira me desiludindo tão facilmente com coisas tão passageiras, talvez seja apenas mais algum desafio, talvez termine em um final bom. Dizem que o meu desafio é fazer que minhas estórias acabem em finais felizes, talvez essa seja a minha oportunidade de realizá-lo. Que tal?

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Seis palavras para seu fim

Uma da manhã.
Seu tempo passa, esgota. Sua mente se cansa de tanto pensar nele,e sua garganta de tanto soluçar. Seus olhos estão cansados e sua insônia mais forte a cada segundo. Por mais que faça esforço para tentar dormir, não consegues.
Enquanto todos dormem em suas camas confortáveis você prepara um café com leite, duas gotas de adoçante e mais uma colher de açúcar pela metade. Acreditas que o leite te dará alguma esperança de suas pupilas já estarem cansadas demais para continuarem "em ação".
A dor de cabeça é mais importuna dessa vez. Lateja a cada segundo, até que de repente pára, talvez seja por causa que finalmente descanssasse a cabeça no braço do sofá. Liga a TV e a programa para desligar em duas horas. A televisão desliga, e você continua com o cérebro a mil e seu coração pulsando cada vez mais. Já não estais mais com ideia nenhuma de inventar alguma estória para explicar ao homem que dorme todo dia ao seu lado o motivo de ter ficado acordada até tarde ou por ter acabado com o café dele.
Quatro da manhã.
Escutas um barulho estranho perto da porta. Talvez seja o vizinho, que todo dia ficava bêbado e vinha encomodar o cão de guarda próximo a garagem. Ou, talvez fosse algo realmente sério.
Abre apenas uma fresta da porta, poderia ser alguém perigoso. Não avistas nada, por enquanto. Fecha a porta e todas as suas fechaduras. Fica mais dois ou três segundos em frente a porta raciocinando que outro lugar poderias ir para distrair mais um pouco. Ouve um latido e depois um silêncio profundo. Se aproxima da porta da garagem, a abre lentamente, ainda um pouco assustada. Enxerga apenas mais sangue aos seus pés enquanto pisava, era seu cachorro morto, duas facadas na garganta. Essa era a gota final para entrares em total pânico. Esquece o cão e vai velozmente até o quarto de seu marido. Já era tarde demais, estava estilhaçado pelo chão com uma corda em volta do pescoço, triste, mas era o que ela desejava desde o dia que assinou o papel que tornava seu casamento oficial. Entraste em total desespero agora. Não tens a mínima ideia para onde ir agora. Desesperadamente começas a correr pela casa tentando achar a porta de entrada. Tenta abrir a porta rapidamente, mas estais confusa demais para abrir como sempre, como rotina. Abre a porta e tenta correr mais e mais rua á fora em busca de ajuda, mas a única coisa que encontras é um homem te esperando, como se já soubesse que ias fugir pela porta principal.
Quatro e quinze da manhã.
Ele diz que é melhor mudar de ideia, pois não vais a lugar nenhum. Ele agarra você pelos punhos, tranca a porta e te leva até o quarto com seu marido morto pelo chão. Levanta sua camisola e começa a rasgar seu corpo com uma faca de serra para cortar pão, você não se importa com mais nada, já estais cansada e mais cansada de resistir, quando finalmente percebes que o fim da sua vida era por ali mesmo, então, apenas deixa que ele continue e roga por mais dor e sofrimento.
Agora é ele que já se cansou demais. Vai até a cozinha, lava a faca e joga fora as luvas e a capa de chuva descartáveis. Caminha até o quarto e vê se já estais mortas com tantas facadas pelo corpo, se debates mais duas vezes, e aquele foi seu suspiro final. Aproxima-se e beija a tua testa, esse foi seu erro fatal.
Depois de doze horas o vizinho - que ela julgava de bêbado - liga para a polícia vendo que o cachorro estava morto. A polícia entra em casa, caminha até o quarto, vê a mulher morta na casa e chamam uma legista. Ela percebe que havia sinais de DNA pelo rosto, os examina.
Sete horas da tarde.
Chega o resultado da doutora: John Richer, seu próprio filho.
Nos momentos do julgamento em que a advogada pergunta o porquê de ele ter o feito. Simples, explica que desde criança planejava misteriosamente, por ela sempre ter sido uma mãe horrível e viciada em sua própria vida do que com ele mesmo. Até, que de repente e simplesmente vê que era hora de colocar seu plano em ação.
"O juiz declara o réu culpado". Seis palavras para seu fim.