Uma da manhã.
Seu tempo passa, esgota. Sua mente se cansa de tanto pensar nele,e sua garganta de tanto soluçar. Seus olhos estão cansados e sua insônia mais forte a cada segundo. Por mais que faça esforço para tentar dormir, não consegues.
Enquanto todos dormem em suas camas confortáveis você prepara um café com leite, duas gotas de adoçante e mais uma colher de açúcar pela metade. Acreditas que o leite te dará alguma esperança de suas pupilas já estarem cansadas demais para continuarem "em ação".
A dor de cabeça é mais importuna dessa vez. Lateja a cada segundo, até que de repente pára, talvez seja por causa que finalmente descanssasse a cabeça no braço do sofá. Liga a TV e a programa para desligar em duas horas. A televisão desliga, e você continua com o cérebro a mil e seu coração pulsando cada vez mais. Já não estais mais com ideia nenhuma de inventar alguma estória para explicar ao homem que dorme todo dia ao seu lado o motivo de ter ficado acordada até tarde ou por ter acabado com o café dele.
Quatro da manhã.
Escutas um barulho estranho perto da porta. Talvez seja o vizinho, que todo dia ficava bêbado e vinha encomodar o cão de guarda próximo a garagem. Ou, talvez fosse algo realmente sério.
Abre apenas uma fresta da porta, poderia ser alguém perigoso. Não avistas nada, por enquanto. Fecha a porta e todas as suas fechaduras. Fica mais dois ou três segundos em frente a porta raciocinando que outro lugar poderias ir para distrair mais um pouco. Ouve um latido e depois um silêncio profundo. Se aproxima da porta da garagem, a abre lentamente, ainda um pouco assustada. Enxerga apenas mais sangue aos seus pés enquanto pisava, era seu cachorro morto, duas facadas na garganta. Essa era a gota final para entrares em total pânico. Esquece o cão e vai velozmente até o quarto de seu marido. Já era tarde demais, estava estilhaçado pelo chão com uma corda em volta do pescoço, triste, mas era o que ela desejava desde o dia que assinou o papel que tornava seu casamento oficial. Entraste em total desespero agora. Não tens a mínima ideia para onde ir agora. Desesperadamente começas a correr pela casa tentando achar a porta de entrada. Tenta abrir a porta rapidamente, mas estais confusa demais para abrir como sempre, como rotina. Abre a porta e tenta correr mais e mais rua á fora em busca de ajuda, mas a única coisa que encontras é um homem te esperando, como se já soubesse que ias fugir pela porta principal.
Quatro e quinze da manhã.
Ele diz que é melhor mudar de ideia, pois não vais a lugar nenhum. Ele agarra você pelos punhos, tranca a porta e te leva até o quarto com seu marido morto pelo chão. Levanta sua camisola e começa a rasgar seu corpo com uma faca de serra para cortar pão, você não se importa com mais nada, já estais cansada e mais cansada de resistir, quando finalmente percebes que o fim da sua vida era por ali mesmo, então, apenas deixa que ele continue e roga por mais dor e sofrimento.
Agora é ele que já se cansou demais. Vai até a cozinha, lava a faca e joga fora as luvas e a capa de chuva descartáveis. Caminha até o quarto e vê se já estais mortas com tantas facadas pelo corpo, se debates mais duas vezes, e aquele foi seu suspiro final. Aproxima-se e beija a tua testa, esse foi seu erro fatal.
Depois de doze horas o vizinho - que ela julgava de bêbado - liga para a polícia vendo que o cachorro estava morto. A polícia entra em casa, caminha até o quarto, vê a mulher morta na casa e chamam uma legista. Ela percebe que havia sinais de DNA pelo rosto, os examina.
Sete horas da tarde.
Chega o resultado da doutora: John Richer, seu próprio filho.
Nos momentos do julgamento em que a advogada pergunta o porquê de ele ter o feito. Simples, explica que desde criança planejava misteriosamente, por ela sempre ter sido uma mãe horrível e viciada em sua própria vida do que com ele mesmo. Até, que de repente e simplesmente vê que era hora de colocar seu plano em ação.
"O juiz declara o réu culpado". Seis palavras para seu fim.
Um comentário:
caceeeeeete, que foda! mas eh, o crime de qualquer assassino, é deixar vestígios. D:
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