Um novo começo

E você chora, desamparada, ao meu ombro. Me diga o você quer dessa vez, Lua Gargalhante. Porque esse momento se assemelha a uma criança berrando com lágrimas a cair e a mãe, que não sabe o que fazer. Eu faço o papel da mãe, Lua Gargalhante. Não quero que me leve a mal. Mas, nosso amor acabou, as brigas eram demais e tudo o que já sonhamos virou pesadelo. Nosso amor está descontente, você não percebe? Quando eu mais te quis, você não soube aproveitar. Quando eu mais te amei, você jogou tudo pro ar. E agora, não sou seu bonequinho. A brincadeira acabou, se lembra?

Lua Gargalhante, decepção e o mundo novo.

E ela chorou, pela primeira vez. Chorou sua falta, seu olhar. Por mais que não quisesse, as lágrimas caiam de seus olhos como o sorriso que ela soltava quando o via. Mas e agora, a garota se pergunta: será que vale a pena sofrer por ele? Talvez um dia, seja ele que esteja aos prantos atrás dela, ou talvez não. É capaz, que um dia, comece a chover homem a sua volta, ou talvez não. Agora, a menina que um dia esteve ao lado de um garoto que, simplesmente, lhe agradava em todos os aspectos, chora a sua partida.
"Vá embora se é que irá me fazer sofrer". Ah, Lua Gargalhante, pobrezinha, a verdade é que ela ainda não sabia que você sempre irá sofrer, basta saber por quem queres correr esse sacrifício. Por ele valeu a pena, mas Lua Gargalhante não percebia isso.
A verdade é que garotas fracas não sobrevivem em Roma. Só o que elas ganham por serem fracas são decepções. Se perdem nesse labirinto em que Roma possui, se iludem nas ilusões transmitidas por esse mistério. Ah, Roma. Roma, Roma, Roma. Roma é indecifrável, inexplicável, a única coisa que se sabe sobre ela até hoje é que depois de um tempo, o que parecia ser fácil passa a ser difícil. Roma é uma droga, vicia. Depois que você prova, por mais que implore para largar por causa de suas decepções, ainda imploras por mais. A verdade é que Roma é igual a Amor, apenas com as letras de trás para frente.