quarta-feira, 27 de outubro de 2010

é um dia chuvoso.


São quatro da tarde e a caneta está armada em punho. Estou sentada, com uma xícara de chocolate quente esfriando ao meu lado. Os rabiscos no caderno não adiantam mais, o tédio já me consumiu. Meu desejo é passar pela janela e invadir a tranquilidade da chuva. Ah, hoje é um dia chuvoso e não sei o que estou fazendo parada aqui. Por isso, invadi o lado de fora da vidraça. Agora, caem água de meus olhos.
Não, não estou chorando. É a chuva que ultrapassa o limite de meu corpo. E pela primeira vez na vida eu me sinto bem. É, parece que por hoje sou só eu e você, Chuva. A inspiração e a adrenalina me sobem a cabeça. Ah, que vontade de mudar o mundo. Estou cansada da hipocrisia ao meu redor. Mas ao mesmo tempo em que tudo me irrita, você me acalma. Ah, eu e meu caso de amor com a Chuva.
Deixe que eu seja sua paz, seu caminho. E você para onde vai? Já parou para pensar que vens do nada e, de repente, evaporas? Que vida é essa, Chuva? Parece até os amores passageiros da minha vida. Eles chegavam, de forma inesperada, depois de se aproveitarem iam embora. Ah, e com você tudo fica mais colorido. Melhoras os meus sonhos, meus desejos. És tudo. Uma melhor amiga, uma paixão infinita. Ah, Chuva. Deixe-me te amar indefinidamente porque, enquanto eu te ter, não preciso de mais nada. Eu e esse meu caso de amor com a Chuva.
Agora você some, e eu fico aqui esperando para te ver de novo em minha janela.

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