quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tão brilhante como sua mente

Lá está ele. Em pleno silêncio e devassidão. Caminhava com tanta tranquilidade, mas possuía um cérebro tão corrupto. Quando colocava seus pés no chão é que podia acalmar-se. O que estava dizendo era difícil pensar. O que estava pensando era impossível dizer. Era teu precoce, mas tão imaturo em certas coisas. Tão doce, mas tão ignorante em outras. Ninguém e nada seria capaz de decifrar uma pequena mente prodígio.
Me pedia que o pegasse no colo, e eu o atendia. O que nunca entendi foi o por quê. Recebera tanto carinho e atenção quando menor. Era tão sapeca, mas um menino tão educado. Nunca o faltou respeito para doar à aqueles que o mereciam. Também nunca lhe faltaram respeito. Mas tinha um jeito tão enigmático de pensar. Ele nunca soube o que aconteceu três dias atrás, mas sempre soube o que aconteceria seis dias depois. Pudera adivinhar tudo aquilo sobre os que o tocavam. Era um momento mágico. Aquela pequena mente prodígio era um milagre, uma criança mais do que especial. Corria atrás de sempre mais e mais. Tudo o que desejava o adiquiria em dobro.
Tão brilhante como sua mente. Era o que diziam aqueles que o conheciam por dentro. Desde de pequeno, um pequeno sonhador. Esperançoso demais. Incrivelmente inteligente. Nunca foi ambicioso, mas sempre teve o futuro que sonhou nas suas próprias mãos. Queria ser mil coisas em um minuto, e uma coisa em mil minutos. Pena. Teve um destino que ninguém gostaria de ter. Acabou na esquina, um futuro miserável, vendendo doce.

Um comentário:

antes que a natureza morra disse...

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beijão

James Pizarro
www.professorpizarro.blogspot.com