quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Não me dê presentes


"Não adianta esperar que sempre o que quer aparecerá como você imagina. Nunca adianta, nunca. Aprendi sozinha a sempre esperar o pior dos outros. Mil e um defeitos, qualidades inúteis, tudo isso. Porque sempre quando esperava algo maravilhoso houve algo para estragar tudo o que imaginava, e não houve uma vez que eu não me surpreendia de forma tão desesperadora.
Nunca precisei gritar, minha mente fazia isso para eu mesma escutar. Pare de sussurrar, não me diga o que fazer. Estou extremamente bem sofrendo como agora". E assim esteve Lua Gargalhante durante um bom tempo. Agora não, ela já sabe o que esperar. E se vier algo maravilhoso, será uma surpresa. Surpresas muitas vezes são boas.
"Errei de tal forma que nem eu sou capaz de explicar. Não sei onde foram meus erros, mas alguma coisa diz que esse tempo todo o que pensava ser correto não passou de uma grande mentira criada por mim para me iludir sozinha".
Ah, Lua Gargalhante. Nunca chorou por algo tão fútil que nem este, e não foi dessa vez que conseguiu. Ela sempre pensava no melhor em uma situação dessas. Não que o menino que ela amasse viria correndo para seus braços, mas sempre soube que alguém que realmente viria ama-la e estaria ao seu lado independente de qualquer coisa. Quantas vezes já foi julgada coitada, ingênua. Mas não mais, Lua Gargalhante. Você sabe como se vingar deles, silenciosamente. Não mataria um por um, não dessa vez. Sofreu sozinha por um longo tempo, mas chega disso. Eles nem de longe mereciam seu perdão, muito menos sua dor. Até que um dia explodiu, voou um coração despedaçado para bem longe dela.
Ah, grite Lua Gargalhante. Grite onde ninguém é capaz o suficiente para ouvi-la. Eles não te entendem como eu, eles não te fazem feliz como eu.
Isso, um dia, foi a Ingênua Lua Gargalhante. A menina que se encantava por qualquer um, por todos. Mas não, essa fraca pessoa se tornou um projeto de Felicidade.
Fazia o que queria, com quem queria e quando queria. Isso é ser Felicidade. Ser feliz. Mas como? Cada um possui seu jeito, e a Lua Gargalhante achou sua felicidade em cada amigo que lhe fazia sorrir, chorar de tanto rir, aconselha-la quando mais precisava. Ela finalmente aprendeu a lição que sempre lhe tentei ensinar: Não importa em quem, você sempre achará a paz que procura em alguém que realmente esteja ao seu lado para tudo.
Depois disso, ficou mais seletiva. As amizades fúteis não lhe serviam para mais nada, e ficou com quem realmente sabia que poderia contar para tudo e para sempre. Os meninos que só serviam para iludir, bom, esses ela já conhecia de longe. Por isso minha Pequena Lua Gargalhante está crescendo, amadurecendo. Já não serviam para mais nada, só para lhe fazer sofrer. E ela, ela se livrou das maçãs envenenadas.

Nenhum comentário: